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"Jornal BIOQUIMICAp: A QUÍMICA DO CHOCOLATE"

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28 de junho de 2013

A QUÍMICA DO CHOCOLATE

Por Alice Arruda de Almeida




A páscoa já passou, mas o chocolate ainda não saiu das nossas geladeiras. Não é a toa que ele era considerado um alimento dos deuses pelos maias e astecas. Apreciado pelo mundo inteiro, essa delícia possui uma grande variedade de composições (chocolate ao leite, amargo, branco, crocante, light, em pó), atraindo diversos gostos. Mesmo sendo considerado um grande perigo para quem faz dietas, ele pode trazer diversos benefícios para a saúde, por isso, não é pecado comer um pouco de chocolate durante a semana, ou até mesmo todos os dias. Para isso, é necessário estarmos atentos à quantidade e à sua composição.
O segredo do chocolate está na sua composição química, especialmente quando se fala em cacau. As suas sementes são ricas em flavonoides, que são compostos químicos que atuam como pigmentos naturais de alguns vegetais, protegendo-os de fatores oxidantes. Na dieta humana, esses compostos são bastante importantes, pois possuem propriedades antialérgicas, anti-hemorrágicas e anti-inflamatórias. Os principais flavonoides presentes no cacau são as catequinas, epicatequinas, procianidinas e teobrominas.


Além da presença dos flavonoides, o chocolate possui em sua composição vitaminas e minerais e gorduras insaturadas. Dentre as vitaminas podem-se citar as do complexo B, quanto aos minerais presentes encontramos o magnésio, o ferro, o cobre, o potássio e o manganês e em relação às gorduras insaturadas, o ácido oleico, que é conhecido por ajudar na redução do colesterol.


Todas essas substâncias químicas são responsáveis por proporcionar os benefícios que o chocolate traz à saúde humana. Alguns benefícios são:
  • Saúde cardiovascular: O consumo do chocolate com alto teor de cacau (meio-amargos ou amargos) inibe uma enzima responsável por elevar a pressão arterial, ao mesmo tempo que induz a produção de óxido nítrico, um vasodilatador natural, reduzindo a probabilidade de um infarto.


  • Saúde cerebral: A epicatequina presente no chocolate protege as células nervosas, podendo reduzir os danos cerebrais causados por um AVC. Estudos sobre a aplicação da epicatequina estão sendo feitos com ratos.


  • Colesterol: Os chocolates amargos não contribuem para a subida do colesterol, pois os polifenóis presentes impedem a oxidação do LDL, o colesterol ruim.
Tipo de polifenol



Todos esses benefícios são causados por essas substâncias que são encontradas no cacau, matéria prima do chocolate. Dessa forma, os chocolates que possuem maior teor de cacau em sua composição são mais ricos em flavonóides e antioxidantes, e consequentemente são mais benéficos para o corpo. Por isso, os chocolates que possuem mais cacau são os mais indicados para comer no dia-a-dia. Entretanto, seu consumo deve ser controlado, em média 30 a 40 gramas por dia de chocolate preto. Se ingerido de forma excessiva, o chocolate pode trazer vários malefícios, como a obesidade.


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