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"Jornal BIOQUIMICAp: setembro 2012"

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27 de setembro de 2012

Editorial 1ª edição


Olá, sejam bem-vindos ao BIOQUIMICAp! Um jornal online dedicado especialmente para aqueles que se interessam em saber cada vez mais curiosidades dos mundos da Biologia e da Química de forma fácil e descontraída. Aqui vocês terão acesso a seções de história, notícias, humor e experimentos, além de imagens, links de vídeos, animações e aplicativos. Nessa primeira edição, vocês encontrarão informações sobre o acidente químico ocorrido no início de 2012, num frigorífico do Mato Grosso do Sul, cujas as causas do ocorrido ainda estão sendo investigadas.
E por falar em investigação, sabia que a Química tem um ramo destinado a isso? É a Química Forense. Quando puderem deem um pulinho na seção “Ramos da Árvore Química” e saibam mais sobre a profissão que na verdade não é como a série CSI mostra.
Mas nada seria da química investigativa sem os experimentos. E podemos afirmar que a mãe da química experimental é a Alquimia, cuja história vocês encontrarão na próxima página, e a seção “Mãos à Obra” contém um experimento fácil para se fazer em casa. Não poderia esquecer também das famosas piadas de química, e como rir faz bem à saúde, o jornal também tem uma vaguinha para o humor.
O BIOQUIMICAp está em busca de contribuições (calma, não-financeira...), então qualquer sugestão de matéria, piada, história, vídeo e afins é bem-vinda, assim como críticas e elogios ao jornal, tudo pelo e-mail jornalbioquimicap@gmail.com, certo? 
Espero que vocês gostem dessa primeira edição e que voltem sempre que lançar outra.

Esse jornal faz parte de um projeto, e para concluí-lo precisamos da sua opinião. Pedimos encarecidamente dois minutinhos do seu tempo para responderem esse formulário logo após a sua leitura. Para facilitar, nessa primeira edição o link estará disponível no fim de cada matéria, mas só é necessário responder um única vez. Obrigado, e boa leitura!

Formulário para avaliação do blog

HISTÓRIAS DA QUÍMICA - A química dos Alquimistas


Aqueles que acreditaram no Homunculus, no Elixir da Longa Vida e na transformação de qualquer metal em ouro através da obtenção da Pedra Filosofal deram origem à mãe da Química Experimental.


Podemos dizer que Alquimia é uma prática antiga que envolve Ciência e misticismo, e que surgiu há muitos séculos atrás. Aqueles que a praticavam, denominados alquimistas, passavam suas vidas inteiras pesquisando a obtenção da Pedra Filosofal (também chamada de Medicina Universal), substância que seria capaz de transformar metais inferiores em ouro; e de fabricar o Elixir da Longa Vida, que curaria qualquer doença, além de garantir uma vida muito longa a quem o ingerisse. Além disso visavam à criação de um homenzinho de algumas polegadas, denominado Homunculus, que seria originado de matéria inanimada. Durante a Idade Média, muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, pois suas práticas eram associadas ao satanismo, e até hoje o enxofre, que era uma substância muito utilizada nos seus experimentos, é associado ao demônio.
Além do enxofre, no processo alquímico para a fabricação da Pedra Filosofal utilizavam-se muito o orvalho das folhas, sal (conhecido também por arsênico) e mercúrio. Nos manuscritos antigos, o “procedimento experimental” aparece repleto de simbologias, desde desenhos de animais até figuras astrológicas. A obtenção da Pedra Filosofal dividia-se em quatro etapas:


§  Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria era dissolvida e putrefata (associada ao calor e ao fogo);
§  Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada (associada à luz da Lua e à prata);
§  Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se operava a transmutação dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, ativa;
§  Rubedo: ou Operação Vermelha, era o estágio final, em que se produzia a Pedra Filosofal.



Outra crença interessante dos alquimistas era a de um mundo material composto basicamente pelos quatro elementos: água, fogo, terra e ar. Haviam também quatro qualidades ligadas a esses elementos: úmido, seco, frio e quente. As qualidades dos elementos em diferentes proporções determinavam a forma e a natureza de qualquer coisa, e por isso os alquimistas acreditavam transformar uma forma ou matéria em outra alterando apenas as proporções dos elementos através de processos (figura 1) como a destilação, a combustão, o aquecimento e a evaporação, que conhecemos muito bem atualmente.

Figura 1- Ilustração de processo alquímico

A partir desta teoria, fazia todo o sentido ser possível criar um ser humano em laboratório através de qualquer matéria. Nasceu então a busca para fazer o Homunculus. Esse nome foi utilizado pela primeira vez pelo famoso alquimista Paracelsus, um dos pais da medicina moderna, que alegava que para criar o homem de poucas polegadas era necessário sêmen humano posto junto com esterco de cavalo num frasco com gargalo em forma de pescoço de cisne extremamente vedado por 40 dias, para se formar um embrião. Já o alquimista Johanned Konrad Dippel dizia que era preciso fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.
Tentativas bizarras à parte, graças a esses “químicos pioneiros’’, nós utilizamos atualmente técnicas como banho-maria, sublimação e filtração, sem falar nas substâncias como os ácidos sulfúrico e clorídrico, e o fósforo. Outras “contribuições alquímicas” podem ser encontradas no entretenimento popular, como no mangá japonês Full Metal Alchemist, que trata da busca pela pedra filosofal, e cujo pai dos protagonistas chama-se Van Hohenhein, nome de um famoso alquimista. Não podemos esquecer também do Harry Potter, cujo primeiro livro/filme Harry Potter e a Pedra Filosofal tem como tema a pedra filosofal e seu descobridor Nicolas Flamel (que realmente existiu). Flamel também é citado no Código da Vinci, como um dos grãos-mestre do Priorado de Sião, que protege todos os “descendentes de Jesus Cristo”. Hoje em dia, com o avanço das pesquisas científicas, sabemos que é possível transformar elementos químicos em outros, através de reações e fenômenos nucleares, assunto da próxima edição do BIOQUIMICAp. Não perca!!!

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Aconteceu - Acidente químico em curtume de Bataguassu (MS) causa quatro mortes



No dia 31 de janeiro deste ano, um acidente químico ocorreu no curtume (lugar onde se processa couro de gado) da empresa frigorífica Marfrig, em Bataguassu (335 km de Campo Grande), causando a morte de quatro trabalhadores, além de 16 hospitalizações. Segundo o Corpo de Bombeiros, a informação inicialmente fornecida consistia numa reação química de uma substância desconhecida com o dicloro propiônico, uma das substâncias utilizadas para beneficiamento do couro. Porém 24 horas depois, houve o esclarecimento de que as mortes foram provocadas pela inalação do ácido sulfídrico (H2S) que na temperatura ambiente é um gás altamente tóxico e corrosivo. O gás foi formado a partir de um dos produtos de uma reação envolvendo o sulfidrato de sódio (agente redutor usado para retirar o pelo do couro bovino) com uma substância desconhecida. O grupo Marfrig, proprietário da marca Seara, prestes a se tornar a maior processadora de carnes do mundo com fábricas espalhadas por todos os continentes, foi multado em 1 milhão de reais.


RECONSTITUIÇÃO DO ACIDENTE

Um caminhão da Marfrig trouxe um carregamento de 10 mil litros de Coramin, agente à base de sulfidrato de sódio, que seria despejado em um dos três tanques subterrâneos instalados no curtume. Após o motorista ter descarregado cerca de 600 litros, uma densa nuvem de gás começou a ser formada, e três funcionários que estavam presentes numa estrutura acima do tanque desmaiaram na hora. Outro funcionário tentou descer as escadas da estrutura para fugir do gás, mas desmaiou no caminho. Ao perceber o que estava acontecendo, o motorista conseguiu fechar a válvula e se afastar do local. Quando os bombeiros chegaram, muitos funcionários apresentavam mal-estar, e assim que todos foram retirados do curtume, esse foi isolado. Uma equipe de bombeiros de Campo Grande especializada em acidentes com produtos químicos foi até o local para ajudar na apuração do ocorrido.

 Imagem retirada do Telejornal MS Record 1ª edição








PONTO DE VISTA BIOQUÍMICO

Segundo Sílvio César de Oliveira, professor de química da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, durante a transferência do Coramin para o tanque, o pH do meio pode ter baixado, causando a evolução do gás. Numa concentração em torno de 700 a 1500 ppm (partes por milhão), o ácido sulfídrico pode levar uma pessoa à morte em cerca de dois minutos. Após passar pelos pulmões, o ácido sulfídrico chega à corrente sanguínea e quando atinge o cérebro passa a agir no Sistema Nervoso Central, ocasionando a paralisação do sistema respiratório e consequentemente uma morte por asfixia. Essa é uma das causas que está sendo cogitada por peritos e pesquisadores na área da química, mas ainda não há certeza do que tenha reagido com o sulfidrato de sódio para provocar o desastre.  

SAIBA MAIS


RAMOS DA ÁRVORE QUÍMICA - Química Forense


Quais são os profissionais que atuam em acidentes como o do curtume da Marfrig, onde ocorreu a formação do gás tóxico H2S?. Além dos bombeiros, quem pode cuidar desse caso?
                                                                                                          Por Carlos França

Dos diversos ramos que existem na Química, o ramo Forense é com certeza um dos mais interessantes. Tem como objetivo principal utilizar conhecimentos da química e da toxicologia para investigações criminais, como por exemplo, descobrir se houve disparos com armas de fogo e identificar alteração em veículos, impressões digitais, sangue, sêmen, substâncias narcóticas, dentre outras, envolvidos numa cena de crime. Vale ressaltar que um químico forense não trabalha sozinho, pois existem outros “detetives cientistas”, como biólogos moleculares, físicos, geólogos e psicólogos por trás de uma investigação criminal, dependendo da relevância e repercussão do crime.
Valter Stefani - UFRGS

                                                             
Um dos químicos forenses mais conhecidos no Brasil é o gaúcho Valter Stefani, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que ministra diversas palestras sobre a área por todo o país. Felizmente eu tive a oportunidade de assistir a suas palestras na Semana de Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco em 2010. Um momento curioso do seu discurso é a comparação que Stefani faz entre os peritos dos seriados hollywoodianos, como o CSI com os peritos da realidade. Por exemplo, é impossível encontrar apenas um fio de cabelo e dizer que pertenceu a uma menina ruiva de onze anos, que foi agarrada pelo braço, e assim por diante... Sem falar nos laboratórios, que nas séries televisivas mais parecem boates cheias de luzes, e com alguns equipamentos que na verdade nem sequer existem. Mas ele afirma que não podemos falar que estamos longe de um CSI, bastando apenas um banco de DNA dos habitantes que são, entram e saem do Brasil, para haver uma mudança no nosso cenário investigativo. Em uma entrevista (clicar) para a Agência FAPESP, Stefani afirma que o ideal seria ter esse banco, pois assim crimes poderiam ser solucionados mais facilmente. Porém, nosso país ainda está digitalizando algumas impressões digitais, para depois lidar com o problema de criar o sistema para ler esses dados, além de extinguir a lei brasileira que proíbe a criação de um banco de DNA. 
                                                                          


Para realizar um curso de química forense, é extremamente aconselhável ter graduação em alguma área relacionada à Química, como Química Industrial, bacharelado, licenciatura, farmacologia, dentre outros, tendo cursado com aprovação disciplinas como Espectroscopia Orgânica, Química Analítica Qualitativa e Quantitativa e Química Orgânica II ou III. O salário médio de um químico forense está em torno de 4500 reais por mês (podendo chegar a 13000, em caso de trabalho com a Polícia Federal), e é uma área que está em crescimento no Brasil, pois o país está contando com novos equipamentos para laboratórios de perícia, embora as condições ainda estejam longe das ideais.









Para Saber Mais:
http://quimicaforense.com.br/  Acesso em 06/03/2012 – 14:35
Acesso em 06/03/2012 – 16:00


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HUMOR - Metil matou um cara!


Eis aqui uma das "tweetnovelas" mais geniais da história! Está bombando em muitos sites de piadas nerds. Essa foi retirada do Blog Tweetnovela, mas foi criada pelo @piadasnerds (sigam!). Vocês vão rir muito, eu garanto!





Capítulo 01 (113 caracteres)
São Pauling, Ponte de Hidrogênio, noite de 15 de novembro. Um elemento está prestes a ter uma reação precipitada.

Capítulo 02 (115 caracteres)
Policial: Atenção Metil, você está cercado! Seus dias de Radical Livre acabaram! - Fótons são tiradas pela imprensa

Capítulo 03 (133 caracteres)
Repórter: Estamos aqui onde um Radical Livre ameaça decair da Ponte de Hidrogênio. De acordo com as autoridades, Metil Matou um Cara!

 Capítulo 04 (132 caracteres)
Policial: Metil, você é culpado por causar envelhecimento precoce, enfisemas, e até câncer! Entregue-se, você precisa ir pra CADEIA!

 Capítulo 05 (140 caracteres)
Metil: NUNCA! Sou um radical LIVRE! E se alguém se aproximar, eu vou REAGIR! Policial: Cuidado, rapazes, ele tem o número ímpar de elétrons.

 Capítulo 06 (125 caracteres)
Psicóloga: Ele é instável assim porque teve uma infância isenta de antioxidantes. Policial, deixe que eu vá conversar com ele.

 Capítulo 07 (129 caracteres)
Policial: Ok, mas tome cuidado! Se chegar muito perto ele pode te roubar elétrons. Psicóloga: Não se preocupe, farei uma ligação.

 Capítulo 08 (120 caracteres)
Psicóloga: Metil, desça daí! Sempre há uma solução! Metil: Não sou mais parte da solução, em breve serei um precipitado.

 Capítulo 09 (130 caracteres)
Psicóloga: Vim para neutralizar essa situação. Conte-me o que houve. Metil: Bem... Tudo começou há um tempo atrás, na ilha do Mol.

 Capítulo 10 (109 caracteres)
Metil: Encontrei AMINA PERFEITA na balada e fui xavecá-la. Afinal, precipitado que sou, decantada eu entendo.

 Capítulo 11 (112 caracteres)
Metil: “Aê, Amina! Se beleza desse cadeia, você seria uma aromática, sua cheirosa!” Ela riu potássios! “KKKK”...

 Capítulo 12 (139 caracteres)
Senti que estava rolando uma química entre nós. Tinhamos uma ligação muito forte, sabe? Seu nome era Kátion, era uma garota muito positiva.

 Capítulo 13 (133 caracteres)
Mas com o tempo a relação foi ficando saturada. Eu dizia: “O amor é fogo que arde sem se ver”. Ela respondia: O nome disso é METANOL!

 Capítulo 14 (112 caracteres)
“Metanol?” – disse eu. Foi então que descobri que Kátion era uma DEPENDENTE QUÍMICA. Fui trocado por um ÁLCOOL!

 Capítulo 15 (121 caracteres)
Amina pisou no meu S2 com sua Butinona. Minha vida amorosa seguia o Princípio da Incerteza. Era como viver uma meia-vida!

 Capítulo 16 (140 caracteres)
Fiquei tão negativo que nem as piadas do ácido crômico me alegravam mais. Sentia-me mais solitário do que o hidrogênio, que nem família tem!

 Capítulo 17 (133 caracteres)
Minha instabilidade gerou um câncer e causou uma morte. Por este crime, passei a ser perseguido como se fosse o “Amoníaco do Parque”.

 Capítulo 18 (133 caracteres)
Fui preso e o delegado me disse que tinha direito a 1 Ligação. Quis ligar pro meu AVOGADRO, mas o nº era muito grande, nunca decorei…

 Capítulo 19 (101 caracteres)
Eram muitos os elementos estranhos naquela cadeia isomérica. Todos CIS-mados e TRANS-tornados comigo.

 Capítulo 20 (105 caracteres)
Minha cela estava cheia de elementos TRANS. Fiquei me perguntando se aquela seria uma cadeia HOMOcíclica…

 Capítulo 21 (85 caracteres)
Recebi vários Alcenos e, ao ouvir Alcino de recolher, pensei: Vou entrar pelo Alcano!
 
 Capítulo 22 (91 caracteres)
Devem ter me confundido com o Grafite, pois estavam botando pressão pra me fazer di-amante.

 Capítulo 23 (120 caracteres)
Já na cela ao lado ficavam o Mercúrio, o Césio 137 e o Ácido Sulfúrico. Denominavam-se “os intocáveis”. Muito perigosos.

 Capítulo 24 (129 caracteres)
Alguns elementos acabavam Pirano e indo parar na ala psiquiátrica. Como o Detergente, aquele bipolar. Que  rapaz mais tensoativo!

 Capítulo 25 (90 caracteres)
Era uma cadeia fechada de segurança máxima. Os muros eram cheios de spin e cerca-elétron.

 Capítulo 26 (106 caracteres)
Às vezes, no silício da noite, Lia na Kama Robson Crusoé Francês pra tentar me manter mais Eletropositivo.

 Capítulo 27 (131 caracteres)
Meu amigo Frâncio era o mais bem informado pq vivia do lado do Rádio – “Ei Metil, sabia que Bela Magrela Casou com Sr Barão Ratão?”

 Capítulo 28 (108 caracteres)
De vez em quando ligávamos o Rádio pra ouvir Carbono Vox ou KCl - "Quem sabe eu ainda sou uma molequinha..."

 Capítulo 29 (140 caracteres)
Sentia saudade de tudo! Do bilhar com meu amigo Dalton. Do pudim de passas da padaria do Thompson. Até das visitas ao Planetário Rutherford.

Capítulo 30 (104 caracteres)
Então resolvi que iria fugir! – Psicóloga: como fez? Pagou Propino? – Metil: Não, quebrei aquela cadeia!

Capítulo 31 (139 caracteres)
Em uma rebelião, consegui a energia de ativação necessária. A chapa calefou! Eu e meu inflamável amigo C4H10 butano fogo em tudo e fugimos.

Capítulo 32 (136 caracteres)
Mas não sou nobre como aqueles gases. Vivo sem um Níquel! Até meu ex-camarada Urânio, que enriqueceu na Coreia, virou as costas pra mim.

Capítulo 33 (113 caracteres)
Como viu, minha vida sempre foi um Cobre! Eu só me Ferro! - Psicologa: Calma, Metil, Metalize energias positivas.

Capítulo 34 (113 caracteres)
Metil: Chega! Estou super-saturado dessa vida. - Psicóloga: Ora, vamos! Seja covalente e enfren..... NÃÃÃÃÃOOO!!!

Capítulo 35 (110 caracteres)
“IIIIIIIUUUUUUUPAC!!” Repórter: Que barulho foi esse? - Psicóloga: Ele pulou! - Policial: Esse não reage mais…

Capítulo 36 (109 caracteres)
6 padres Carbonos e 6 freiras Hidrogênios se aproximam. Repórter: O que vcs estão fazendo? - Padres: Benzeno.

Capítulo 37 (99 caracteres)
Padres: Vamos usar H2O-ly. - Repórter: O q é isso? - Freiras: Água Benta. - Psicóloga: Ei, esperem!

Capítulo 38 (140 caracteres)
Vejam, há um bilhete no bolso dele!!! “Kátion, eu te A(6x10²³), meu Sulfeto (S2) é seu. Sulfato de Berílo (BeSO4), Metil”. Qui-Mico! --- FIM


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NOSSO CIENTISTA - Oswaldo Gonçalves de Lima


Vemos o mundo hoje em dia e observamos as pessoas que não se cansam de aplaudir atrizes, bandas e  cantores. Ao pensar um pouco, me vem uma simples pergunta que se faz necessária: Quantas vezes vemos pessoas aplaudindo cientistas? Quantas vezes nós mesmos aplaudimos de pé, pessoas que procuraram ajudar o mundo em si a ser um lugar melhor?
Apesar de tudo isso, reclamar não é a questão, enquanto que aclamar talvez se encaixe melhor. E indo direto ao ponto, ninguém melhor do que um  grande pernambucano. Desconhecido por muitos, conhecido por poucos e contudo, louvado por raros que reconhecem nesse ser humano seu devido valor. Trata-se de Oswaldo Gonçalves de Lima.
Sim, não dá para falar de melhoria no nordeste sem que ele passe despercebido. E é até complicado classificar onde ele mais se destacou. Esse cara foi professor, coordenador, cientista e já nasceu químico. Nasceu no dia 7 de novembro de 1908 e partiu no dia 21 de setembro de 1989, em que há 4 anos já fora diagnosticado com mal de Parkinson e Alzheimer.

Oswaldo Gonçalves de Lima em seu laboratório

Depois de sua morte, o até então “Departamento de antibióticos”, que se localiza dentro do campus da UFPE, teve um incremento em seu nome. Foi no dia de sua morte que passou a se chamar “Instituto Oswaldo Gonçalves de lima” em última homenagem ao emérito e magnânimo fundador desse departamento.  Segundo a doutora Janete Magali de Araújo, a atual diretora do instituto, “Foi ele  que trouxe em 1969 a biotecnologia para o nordeste, onde era desconhecida até a palavra. Com um acordo firmado com o governador Miguel Arraes, esse sonho pôde se tornar realidade.” Segundo a professora, Oswaldo era um cara de pegar e fazer, não tinha essa de deixar pra depois. Comandava e organizava tudo, integrando farmacologia, química e microbiologia de uma maneira que somente ele  poderia fazer, completa a professora. Sabe-se que em seu período de atuação, essas três áreas funcionavam da seguinte maneira: A farmacologia servia para o desenvolvimento de fármacos e remédios no sentido de testá-los e achar meios hábeis para sua publicação no meio científico. A química funcionava para aperfeiçoar as substâncias e sintetizá-las da melhor maneira possível, e a microbiologia servia para o isolamento de organismos, estudos e descobrimentos de novas formas de antibióticos. Tudo se encaixava como as engrenagens de um relógio.
No seu tempo de vida, desenvolveu vários projetos e até publicou alguns famosos. Com uma amostra do solo de Alagoas, o professor Oswaldo descobriu uma cultura de bactérias e sintetizou a “Actnomicina D”, comercializado pelo nome de Bioact-D que é antineoplásico servindo para destruir células malignas e possíveis tumores. Dentre outros remédios desenvolvidos por ele estão o Lapachol, “Tabebuia avellanedae” que vem do Ipê roxo e também é antineoplásico (principalmente para o aparelho digestivo), e o Imunoparvum, que vem da “Corynebacterim parvum” servindo para potencializar o sistema imunológico, todos vendidos pela LAFEPE.
Estrutura do Lapachol

Para os estudantes, professores, doutores, faxineiros e até bolsistas que com ele estiveram, afirmam que para Lima não existia sábado, domingo nem feriado. E que o mesmo com firmeza ainda dizia: “E nem pensem em faltar dia 7 de setembro!”, relembra a diretora.
Por fim, a doutora Magali ainda conta que desde o dia em que o conheceu, em 1965 quando conseguiu uma bolsa para estudar com ele, nunca abandonou o instituto. E desde aquele dia, e até hoje (com uma idade que fui proibido de contar e que nem acreditei por tamanha desenvoltura) não tem a intenção de abandonar o lugar. Quer continuar para sempre com esse sonho, mesmo sem poder estar diretamente relacionada ao departamento por questões judiciais.  Diz por último, que o seu objetivo de vida é semelhante ao do professor Oswaldo Lima: Melhorar a qualidade de vida das pessoas. Como? Buscando e aperfeiçoando novos antibióticos e medicamentos probióticos, que são naturais, simples e eficientes. Assim, procurando quebrar as barreiras para que estes se tornem difundidos por todo o mundo de forma barata e acessível.


Por Pedro Filipe M. Gomes


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MÃOS À OBRA! - Ovo frita no frio?



Materiais:
- Prato
- Ovo cru
- Álcool de farmácia

Procedimento:
Quebrar o ovo, colocar a gema e a clara no prato e derramar o álcool sobre ele. Aguardar pacientemente e esperar os resultados.

O que aconteceu?
A clara pouco a pouco se solidificou como se o ovo estivesse fritando, pois o etanol, ao entrar em contato com a albumina (proteína encontrada no ovo), provoca a desnaturação protéica, que basicamente consiste no processo em que muitas ligações químicas de uma proteína estruturalmente complexa (como a albumina) são rompidas, havendo como conseqüências a mudança na sua estrutura e a perda da sua função biológica. A desnaturação tanto pode ser provocada pelo aumento da temperatura (quando fritamos um ovo numa frigideira), quanto pela reação com solventes orgânicos miscíveis em água (etanol e acetona), aumento de Ph ou exposição a detergentes. Preciso dizer que não é comestível?