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"Jornal BIOQUIMICAp: RAMOS DA ÁRVORE QUÍMICA - Química Forense"

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27 de setembro de 2012

RAMOS DA ÁRVORE QUÍMICA - Química Forense


Quais são os profissionais que atuam em acidentes como o do curtume da Marfrig, onde ocorreu a formação do gás tóxico H2S?. Além dos bombeiros, quem pode cuidar desse caso?
                                                                                                          Por Carlos França

Dos diversos ramos que existem na Química, o ramo Forense é com certeza um dos mais interessantes. Tem como objetivo principal utilizar conhecimentos da química e da toxicologia para investigações criminais, como por exemplo, descobrir se houve disparos com armas de fogo e identificar alteração em veículos, impressões digitais, sangue, sêmen, substâncias narcóticas, dentre outras, envolvidos numa cena de crime. Vale ressaltar que um químico forense não trabalha sozinho, pois existem outros “detetives cientistas”, como biólogos moleculares, físicos, geólogos e psicólogos por trás de uma investigação criminal, dependendo da relevância e repercussão do crime.
Valter Stefani - UFRGS

                                                             
Um dos químicos forenses mais conhecidos no Brasil é o gaúcho Valter Stefani, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que ministra diversas palestras sobre a área por todo o país. Felizmente eu tive a oportunidade de assistir a suas palestras na Semana de Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco em 2010. Um momento curioso do seu discurso é a comparação que Stefani faz entre os peritos dos seriados hollywoodianos, como o CSI com os peritos da realidade. Por exemplo, é impossível encontrar apenas um fio de cabelo e dizer que pertenceu a uma menina ruiva de onze anos, que foi agarrada pelo braço, e assim por diante... Sem falar nos laboratórios, que nas séries televisivas mais parecem boates cheias de luzes, e com alguns equipamentos que na verdade nem sequer existem. Mas ele afirma que não podemos falar que estamos longe de um CSI, bastando apenas um banco de DNA dos habitantes que são, entram e saem do Brasil, para haver uma mudança no nosso cenário investigativo. Em uma entrevista (clicar) para a Agência FAPESP, Stefani afirma que o ideal seria ter esse banco, pois assim crimes poderiam ser solucionados mais facilmente. Porém, nosso país ainda está digitalizando algumas impressões digitais, para depois lidar com o problema de criar o sistema para ler esses dados, além de extinguir a lei brasileira que proíbe a criação de um banco de DNA. 
                                                                          


Para realizar um curso de química forense, é extremamente aconselhável ter graduação em alguma área relacionada à Química, como Química Industrial, bacharelado, licenciatura, farmacologia, dentre outros, tendo cursado com aprovação disciplinas como Espectroscopia Orgânica, Química Analítica Qualitativa e Quantitativa e Química Orgânica II ou III. O salário médio de um químico forense está em torno de 4500 reais por mês (podendo chegar a 13000, em caso de trabalho com a Polícia Federal), e é uma área que está em crescimento no Brasil, pois o país está contando com novos equipamentos para laboratórios de perícia, embora as condições ainda estejam longe das ideais.









Para Saber Mais:
http://quimicaforense.com.br/  Acesso em 06/03/2012 – 14:35
Acesso em 06/03/2012 – 16:00


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2 comentários:

  1. Gostaria de saber se há diferença no curso de ciências forense e química forense. Gostei muito da matéria!

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  2. Adorei o conteúdo da postagem! Mas fiquei curiosa sobre o assunto. Tenho interesse no ramo, e gostaria de mais informações. No Brasil, é possível encontrar estágios com o intuito de conhecer mais a carreira? Há um caminho mais preciso a se percorrer para ingressar no ramo de biologia/química forense? E quanto a concursos federais? O que eu poderia fazer para atingir meus objetivos?
    Agradeço desde já.

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