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"Jornal BIOQUIMICAp: A História do Chocolate"

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28 de junho de 2013

A História do Chocolate



Por Augusto Queiroz

Estamos agora entrando no período da Páscoa, e, ao falar essa palavra, "Páscoa", quem não pensa em chocolate? E nos deliciosos ovos de diferentes tamanhos e sabores?
O chocolate é, de fato, um doce adorado ao redor do mundo. Porém, muito pouca gente sabe sobre sua história. Por isso, a edição de Páscoa do Jornal BioquimiCAp traz essa matéria especial sobre a história do chocolate, desde o seu descobrimento até o famoso ovo de Páscoa.


Chocolate: Um doce maravilhoso

O Chocolate é proveniente do cacau, acredito que todos os leitores saibam disso, por isso é interessante começar falando sobre a história desse fruto, antes de falar de seu delicioso derivado. O cacau é citado pela primeira vez na literatura botânica por Charles l'Ecluse, que chamou a fruta apenas de Cacao Fructus. O nome científico (Theobroma Cacao) só surgiu em 1753, definido por Carolus Linneu.

Cacau – O fruto

O cacau, porém, era usado antes disso. Bem antes disso. Os povos Asteca (que viviam na área que hoje conhecemos como México) e Maia (famosos pelo calendário que teria previsto o fim do mundo para o ano passado,2012) já usavam o cacau. Porém, o cacau ainda não era usado para fazer as tão adoradas barras de chocolate (que só surgiram no século XIX, na Europa), e sim para fazer uma bebida, a partir de suas sementes (ingrediente principal, também, do chocolate como o conhecemos hoje), que eram fermentadas, secas, tostadas e moídas, formando uma pasta que era, então, misturada a água, pimenta e farinha de milho. Lá, inclusive, o cacau, além de servir para alimentar a população, servia também para embelezar os jardins. Mas não era só isso! O cacau não era apenas uma fruta usada para produzir um Manjar dos Deuses (como Linneu o chamou), era uma fruta considerada de origem divina, e seu cultivo era acompanhado por cerimônias religiosas. Mas isso, também, ainda não é tudo! A semente do cacau era, ainda, usada como moeda de troca por esse povo (e era uma moeda bem valiosa).



Sementes de Chocolate

Quando os Maias foram dominados pelos Astecas, a bebida feita do cacau passou a ser algo apenas para os nobres, a ser adoçada com mel e especiarias. Ganhou também um nome que viria a nomear a barra doce da qual gostamos tanto hoje: xocoalt, que significava "Água Amarga". Mesmo com a chegada dos espanhóis, a semente do cacau continuou como moeda de troca (um fato interessante sobre isso pode ser lido nos "Fatos Interessantes sobre a História do Chocolate").


A bebida dos Maias

A fama do chocolate se tornou internacional em 1521, quando um navio carregado com a semente do cacau chegou à Espanha, onde o açúcar foi adicionado à bebida. Entre 1600 e 1799, o chocolate se tornou uma "grande pedida" em toda a Europa, tendo a Rainha Anna, da Áustria, como uma "chocólatra".
A industrialização do chocolate começou alguns anos depois, em 1828, quando Conrad Van Houten inventou uma máquina que permitia a mecanização da produção.
Por acaso, um fato interessante sobre o chocolate: Em 1937, ele passou a fazer parte da Ração D americana (ração que era dada aos soldados em guerra na Europa) por causa de seu enorme valor energético, que por sua vez ocorre em função da grande quantidade de carboidratos e gorduras saturadas presentes no alimento. Mas não é só nisso que o chocolate é rico. Quando puro, o chocolate é rico em magnésio, ferro e niacina. Outro fato interessante é que, apesar de ser energético, o chocolate tem uma quantidade ínfima de cafeína. Já a teobromina, outra substância que estimula o hipotálamo (glândula responsável por fazer o controle do sistema nervoso central) e que favorece diversas funções do corpo (para saber mais sobre isso confira o post sobre a influência do cacau e do chocolate no corpo e na mente).
Mas voltando à Páscoa e aos ovos de chocolate, falando agora dessa tradição em si, ela começou há vários anos, antes mesmo da religião cristã existir, e antes também do chocolate se tornar algo tão popular. Ué, e como se fazia ovo de chocolate sem chocolate? A resposta é bem óbvia: eles não presenteavam os outros com ovos de chocolate, e sim com ovos de galinha, pato ou ganso pintados e decorados, chegando até, no auge da Idade Média, a serem feitos de puro ouro e cravejados com pedras preciosas. Essa era, porém, uma tradição pagã, já que o cristianismo ainda não existia; como, então, ela acabou sendo um símbolo de uma ocasião tão importante para a religião cristã?


Ovos de chocolate

Informações Nutricionais do Chocolate

Quando puro, contém muita gordura saturada, além de ser rico em magnésio, ferro, niacina. O chocolate é, também, muito rico em gordura saturada e carboidratos, o que faz dele um alimento muito energético. Mesmo sendo muito energético, porém, o chocolate tem uma quantidade ínfima de cafeína. Já a teobromina, outra substância que estimula o Hipotálamo (glândula que faz o controle do sistema nervoso central), e favorece diversas funções do corpo (sobre as quais o leitor poderá ler no artigo sobre a influência do cacau no corpo e na mente).
O principal problema do chocolate está no seu grande teor calórico, que supera em muitas - se não em todas - marcas famosas as 130Kcal em cada 25g de chocolate (para saber mais confira a tabela da Unimed Porto Alegre - Medicinas Preventivas).




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