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"Jornal BIOQUIMICAp: O VINHO NOSSO DE CADA DIA"

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21 de dezembro de 2012

O VINHO NOSSO DE CADA DIA


O fim de ano está aí, as festas de Natal e Réveillon estão chegando, e uma das bebidas mais apreciadas nessas ocasiões, é, sem dúvida, o vinho. Ele, além de ser ideal para comemorações, pode trazer muitos benefícios para a saúde, se consumido de forma moderada.
Não se sabe ao certo quando o vinho foi feito pela primeira vez, porém, existem relatos sobre ele desde meados de 3000 a.C.. A bíblia, por exemplo, o cita várias vezes, inclusive simbolizando o sangue de Cristo. Além disso, o vinho também foi muito usado na nossa história como medicamento. Até o século XVIII, muitos acreditavam que beber o vinho poderia ser mais seguro do que beber a água, pois havia grande possibilidade dela estar contaminada.



Química do vinho
            Para chegar ao vinho que conhecemos, é preciso passar por várias etapas. Tudo começa na colheita das uvas, que deve ser feita em tempo certo, já que a qualidade das uvas influencia bastante no sabor do vinho. Depois, as uvas devem ser esmagadas para obter uma mistura de cascas, sementes e suco. Antigamente, como muitos sabem, a etapa do esmagamento somente era feita com os pés, e apesar de até hoje ainda se manter essa tradição em algumas localidades, o desenvolvimento tecnológico permite que máquinas executem tal etapa de forma muito mais rápida.


A fermentação é a etapa mais importante na fabricação do vinho. Nela, os químicos estarão sempre presentes, controlando todo o processo. Nessa etapa acontece a fermentação alcoólica, que é feita com a ação de bactérias do gênero Saccharomyces. Cerca de 1 milhão de bactérias são usadas para cada mL da mistura. A temperatura deve ser rigidamente controlada, mantida em torno dos 25°C, para garantir a sobrevivência das bactérias e para extrair pigmentos e sabor desejados das cascas da uva. Além disso, deve ser evitado o contato com o ar para impedir que o vinho sofra um processo oxidativo, se transformando em vinagre. Depois de todas essas etapas, o vinho é decantado e passa por outra fermentação, que dessa vez, é feita pela ação de enzimas, a fermentação malolática. Esse processo deve ser feito de forma cuidadosa, pois, se a fermentação for excessiva, pode deixar o vinho aguado.
Equação simplificada da fermentação alcoólica:


Depois de fermentado, o vinho é filtrado, aquecido a uma temperatura de 80°C para eliminar as bactérias restantes, e resfriado. Por último, ele passa pelo envelhecimento. Os vinhos são, geralmente, armazenados em barris de madeira carvalho por anos, e durante esse tempo, várias reações químicas ocorrem. Os barris são porosos e permitem a entrada de oxigênio e a saída de água e álcool, e isso acaba afetando o sabor e o odor. Depois do envelhecimento, os vinhos são engarrafados e ficam prontos para o consumo.



Por que consumir vinho?
            O vinho, se consumido em pequenas quantidades e regularmente, pode beneficiar bastante a saúde. Essa quantidade indicada para o consumo diário fica em torno de 250 mL para homens e 200 mL para mulheres, entretanto, essa quantidade varia com o peso, a idade, as condições de saúde e o uso de medicamentos.
As vantagens do vinho são causadas pelo álcool, que em pequenas doses pode diminuir o aparecimento de certas doenças, e por substâncias antioxidantes presentes na casca da uva.
Alguns dos benefícios são:
o   Redução do LDL (colesterol ruim) e aumento do HDL (colesterol bom);
o   Prevenir o entupimento de veias e artérias do coração, evitando infarto;
o   Melhorar a circulação cerebral e evitar o envelhecimento das células cerebrais, reduzindo o risco de doenças como o Mal de Alzheimer;
o   Reduzir os riscos de formação de cálculos nos rins e na vesícula biliar;
o   Evitar o aparecimento de úlcera no estômago.
Além de todas essas melhorias, pesquisadores estudam a possibilidade do vinho tinto ajudar na prevenção do câncer.
O vinho pode ser um dos melhores remédios, tanto em relação ao sabor, quanto em relação as suas vantagens para a saúde. Mas CUIDADO! Isso só vale quando consumido em pequenas doses diárias. O seu excesso pode ser um dos piores venenos.

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