O
fim de ano está aí, as festas de Natal e Réveillon estão chegando, e uma das
bebidas mais apreciadas nessas ocasiões, é, sem dúvida, o vinho. Ele, além de
ser ideal para comemorações, pode trazer muitos benefícios para a saúde, se
consumido de forma moderada.
Não
se sabe ao certo quando o vinho foi feito pela primeira vez, porém, existem
relatos sobre ele desde meados de 3000 a .C.. A bíblia, por exemplo, o cita várias
vezes, inclusive simbolizando o sangue de Cristo. Além disso, o vinho também
foi muito usado na nossa história como medicamento. Até o século XVIII, muitos
acreditavam que beber o vinho poderia ser mais seguro do que beber a água, pois
havia grande possibilidade dela estar contaminada.
Química
do vinho
Para chegar ao vinho que conhecemos, é preciso passar por
várias etapas. Tudo começa na colheita das uvas, que deve ser feita em tempo
certo, já que a qualidade das uvas influencia bastante no sabor do vinho.
Depois, as uvas devem ser esmagadas para obter uma mistura de cascas, sementes
e suco. Antigamente, como muitos sabem, a etapa do esmagamento somente era
feita com os pés, e apesar de até hoje ainda se manter essa tradição em algumas
localidades, o desenvolvimento tecnológico permite que máquinas executem tal
etapa de forma muito mais rápida.
A
fermentação é a etapa mais importante na fabricação do vinho. Nela, os químicos
estarão sempre presentes, controlando todo o processo. Nessa etapa acontece a
fermentação alcoólica, que é feita com a ação de bactérias do gênero Saccharomyces. Cerca de 1 milhão
de bactérias são usadas para cada mL da mistura. A temperatura deve ser
rigidamente controlada, mantida em torno dos 25°C, para garantir a
sobrevivência das bactérias e para extrair pigmentos e sabor desejados das
cascas da uva. Além disso, deve ser evitado o contato com o ar para impedir que
o vinho sofra um processo oxidativo, se transformando em vinagre. Depois
de todas essas etapas, o vinho é decantado e passa por outra fermentação, que
dessa vez, é feita pela ação de enzimas, a fermentação malolática. Esse
processo deve ser feito de forma cuidadosa, pois, se a fermentação for
excessiva, pode deixar o vinho aguado.
Equação simplificada da fermentação
alcoólica:
Depois
de fermentado, o vinho é filtrado, aquecido a uma temperatura de 80°C para
eliminar as bactérias restantes, e resfriado. Por último, ele passa pelo
envelhecimento. Os vinhos são, geralmente, armazenados em barris de madeira carvalho
por anos, e durante esse tempo, várias reações químicas ocorrem. Os barris são
porosos e permitem a entrada de oxigênio e a saída de água e álcool, e isso
acaba afetando o sabor e o odor. Depois do envelhecimento, os vinhos são
engarrafados e ficam prontos para o consumo.
Por
que consumir vinho?
O vinho, se consumido em pequenas quantidades e
regularmente, pode beneficiar bastante a saúde. Essa quantidade indicada para o
consumo diário fica em torno de 250 mL para homens e 200 mL para mulheres,
entretanto, essa quantidade varia com o peso, a idade, as condições de saúde e
o uso de medicamentos.
As
vantagens do vinho são causadas pelo álcool, que em pequenas doses pode
diminuir o aparecimento de certas doenças, e por substâncias antioxidantes
presentes na casca da uva.
Alguns
dos benefícios são:
o
Redução do LDL (colesterol ruim) e aumento do
HDL (colesterol bom);
o
Prevenir o entupimento de veias e artérias do
coração, evitando infarto;
o
Melhorar a circulação cerebral e evitar
o envelhecimento das células cerebrais, reduzindo o risco de doenças como o Mal
de Alzheimer;
o
Reduzir os riscos de formação de cálculos nos
rins e na vesícula biliar;
o
Evitar o aparecimento de úlcera no estômago.
Além
de todas essas melhorias, pesquisadores estudam a possibilidade do vinho tinto ajudar
na prevenção do câncer.
O
vinho pode ser um dos melhores remédios, tanto em relação ao sabor, quanto em
relação as suas vantagens para a saúde. Mas CUIDADO! Isso só vale quando
consumido em pequenas doses diárias. O seu excesso pode ser um dos piores
venenos.
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