Vale a pena ver!
21 de dezembro de 2012
MÃOS À OBRA - ESPECIAL DE NATAL
Vamos assistir agora um dos experimentos mais interessantes envolvendo Química e Natal. Não postamos um pequeno resumo do vídeo para aumentar a sua curiosidade... : )
Vale a pena ver!
Vale a pena ver!
EDITORIAL DE NATAL
E está chegando o Natal.
Tempo de paz, alegria, união, férias... Chega de geografia, química, biologia...
Epa! Talvez vocês consigam se livrar de geografia, mas não da química e da
biologia, principalmente aqui no BIOQUIMICAp, onde mostraremos matérias
interessantes que envolvam a festa do ano onde se ganham presentes e se come
muito, mas que não é o seu aniversário.
Pedimos encarecidamente para
aqueles que não responderam o questionário de avaliação do trabalho para que o
façam (CLICAR AQUI), pois a opinião do leitor é de grande importância para que aprimoramentos
sejam realizados nas próximas edições. E pra encerrar com chave de Au, toda a
equipe do BIOQUIMICAp deseja a vocês leitores um
O TRIGO E AS DOENÇAS DO CORAÇÃO
Época de Natal, e todos animados para
o fim de ano. É coisa boa, só que um ingrediente dos pratos mais gostosos da
ceia pode trazer problemas; daí a necessidade de se ter
informações sobre ele.
Todos nós certamente já ouvimos falar
na doença celíaca. Aquela que faz os seus pacientes sofrerem bastante e por
vezes até ficarem inchados e vermelhos ao comer quaisquer derivados desse
curinga na culinária: O trigo.
Tanto faz ser
um bolo, coxinha, pão francês, biscoito, panetone ou salgadinhos. Doce
ou amargo, salgado ou azedo, esse “metamoforseante” pode se transformar em qualquer coisa, e é
também por isso que ele pode, em nosso organismo, fazer muito estrago.
O trigo tem uma proteína odiada pelos que dela tem alergia,
conhecida como glúten, a qual é uma proteína amorfa (que não tem estrutura definida), composta pela mistura de longas cadeias protéicas de gliadina e glutenina. A gliadina é o componente essencial do glúten que dá ao pão a
habilidade de crescer durante o seu preparo e também é responsável por envolver
as moléculas de amido.
Segundo médico e doutor Drauzio Varella: “ [...] a gliadina, contém a maior
parte dos componentes nocivos. Em
pessoas predispostas, moléculas não digeridas de gliadina, ao entrarem em
contato com as camadas mais internas da mucosa intestinal, disparam uma reação
imunológica no intestino delgado, causadora do processo inflamatório crônico
responsável pelos sintomas da doença celíaca.”
A glutenina por sua vez é responsável pela firmeza e
elasticidade da “massa”, em que o pizzaiolo, sem maiores dificuldades, faz dela
o que quiser; rola e amassa, estica e diminui. É uma molécula de alto peso
molecular que se estabiliza por pontes dissulfeto e de hidrogênio, além das
forças de interação mais fracas.
Hoje a frase mais comum quando se leva
às mãos um produto industrializado é: “Contém Glúten” ou “Não Contém Glúten”. Qualquer produto é por lei obrigado a
dizer se tem ou não essa proteína. Não é mais
especulação o fato do glúten grudar nas paredes do intestino, causando a má
assimilação de nutrientes, podendo levar a sérios quadros de anemia e
deficiências nutricionais. A própria palavra vem do latim “gluten” e quer dizer cola. Tanto por dar
elasticidade e liga à massa ou por realmente colar no intestino, criando uma
parede em volta das microvilosidades. Seu nome realmente deveria ser “grúden”.
Muita gente diz que essa proteína é inofensiva, contudo,
será mesmo? Será que o trigo é realmente saudável, ainda que seja integral?

Dr. William Davis prova que não. Em
seu livro “Wheat Belly” - literalmente barriga de trigo-, ele dá motivos para
correr do trigo só ao vê-lo. Ele começa
falando sobre a história dessa planta, voltando no tempo uns 10.000 anos para
dizer que o trigo que comemos hoje é bioquimicamente diferente do trigo que
nossos ancestrais comiam. Na realidade, o trigo que nossos bisavôs comiam há 50
anos é muito, só que muito diferente do trigo usado hoje em dia. Isso acontece
porque ele foi sendo hibridizado e geneticamente modificado ao longo dos anos
tanto para aumentar drasticamente sua produção em condições adversas, ou para
melhorar algumas características de gosto ou forma sempre almejadas pelos
espertos cozinheiros. A questão é que de lá pra cá a doença cardiovascular hoje
é a causa nº 1 de todas as mortes no planeta inteiro, segundo esse gráfico de
2012 da Medical News.
No mundo
|
Morte em milhões
|
% de mortes
|
Doença cardíaca isquêmica
|
7.25
|
12.8%
|
Acidentes vasculares cerebrais e outras doenças cerebrovasculares
|
6.15
|
10.8%
|
Infecções do trato respiratório inferior
|
3.46
|
6.1%
|
Doença pulmonar obstrutiva crônica
|
3.28
|
5.8%
|
Diarreias
|
2.46
|
4.3%
|
HIV1/AIDS
|
1.78
|
3.1%
|
Câncer4 de traqueia5, brônquios6 e pulmões7
|
1.39
|
2.4%
|
Tuberculose2
|
1.34
|
2.4%
|
Diabetes mellitus3
|
1.26
|
2.2%
|
Acidentes de trânsito
|
1.21
|
2.1%
|
Fonte: News.med.br
A questão é se isso tem alguma coisa a ver com o
trigo. O Dr. Davis diz: "Small changes in
wheat protein structure can spell the difference between a devastating immune
response to wheat protein versus no immune response at all."
Ou seja, até pequenas mudanças nas estruturas proteicas
do trigo podem fazer a diferença entre uma resposta imunológica devastadora versus
nenhuma resposta imunológica.
O doutor mostra também que as
proteínas do trigo hoje são estranhas ao nosso organismo; foram encontradas 14 novas proteínas que não estão presentes no trigo
original. Segundo dados demográficos, a doença celíaca ou até a completa
intolerância ao glúten quadruplicou nos últimos 50 anos. A mensagem é que ainda
que você não tenha sido diagnosticado com qualquer sensibilidade ao glúten, não
quer dizer que comê-lo constantemente não está causando a você inflamações
crônicas e outros tipos de doenças a longo prazo no
seu sistema digestório, além de outras doenças autoimunes. E lembre-se que
inflamações crônicas ao intestino e ao colón pode levá-lo ao temido câncer mais
tarde.
Um fato curioso é o que Pero Vaz de Caminha relata
em sua carta a Dom Manuel I, rei de Portugal. Ao descrever as cenas que viu,
menciona a alimentação dos índios: “Nem comem senão
desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as
árvores de si lançam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não
somos nós tanto, com quanto trigo e
legumes comemos.”
Vai ver,
tem algo a ver.
HUMOR
A
professora pergunta na sala de aula:
Professora:
-Alguém sabe o que é H2SO4?
Mariazinha:
-Eu sei! Eu Sei! Tá na ponta da língua!!!!
Joaozinho
dá um 'pedala' na cabeça de Mariazinha e fala: -Então cospe que é ácido
sulfúrico!!!!
Diante de
imensurável violência presente em nosso cotidiano, até os elementos químicos
denunciam os acontecimentos mais surpreendentes. Abaixo temos um flagrante que
ocorreu na manhã de ontem, quando Na2O
estava prestes a se formar:
Os
assaltos têm se tornado tão frequentes na comunidade química que os átomos cada
vez mais acabam tendo que se conformar mais facilmente com isso, já que a vida
continua e a felicidade é mais importante.
Porém, já que estamos perto do natal, época de luz e
alegria, devemos superar algumas dificuldades existentes em nossa sociedade,
sem jamais permanecer como o protagonista da tirinha abaixo:
E, ao fim de tudo, não podemos esquecer que, com o ano
novo, é sempre bom dar uma renovada nas cantadas, para cada vez mais abranger o
público alvo...
---
Indagação Científica da Edição ---
Estavam o
Metil e o Benzeno em um avião para um salto de paraquedas. Quem pulou primeiro?
R: O metil, porque ele é radical.
O VINHO NOSSO DE CADA DIA
O
fim de ano está aí, as festas de Natal e Réveillon estão chegando, e uma das
bebidas mais apreciadas nessas ocasiões, é, sem dúvida, o vinho. Ele, além de
ser ideal para comemorações, pode trazer muitos benefícios para a saúde, se
consumido de forma moderada.
Não
se sabe ao certo quando o vinho foi feito pela primeira vez, porém, existem
relatos sobre ele desde meados de 3000 a .C.. A bíblia, por exemplo, o cita várias
vezes, inclusive simbolizando o sangue de Cristo. Além disso, o vinho também
foi muito usado na nossa história como medicamento. Até o século XVIII, muitos
acreditavam que beber o vinho poderia ser mais seguro do que beber a água, pois
havia grande possibilidade dela estar contaminada.
Química
do vinho
Para chegar ao vinho que conhecemos, é preciso passar por
várias etapas. Tudo começa na colheita das uvas, que deve ser feita em tempo
certo, já que a qualidade das uvas influencia bastante no sabor do vinho.
Depois, as uvas devem ser esmagadas para obter uma mistura de cascas, sementes
e suco. Antigamente, como muitos sabem, a etapa do esmagamento somente era
feita com os pés, e apesar de até hoje ainda se manter essa tradição em algumas
localidades, o desenvolvimento tecnológico permite que máquinas executem tal
etapa de forma muito mais rápida.
A
fermentação é a etapa mais importante na fabricação do vinho. Nela, os químicos
estarão sempre presentes, controlando todo o processo. Nessa etapa acontece a
fermentação alcoólica, que é feita com a ação de bactérias do gênero Saccharomyces. Cerca de 1 milhão
de bactérias são usadas para cada mL da mistura. A temperatura deve ser
rigidamente controlada, mantida em torno dos 25°C, para garantir a
sobrevivência das bactérias e para extrair pigmentos e sabor desejados das
cascas da uva. Além disso, deve ser evitado o contato com o ar para impedir que
o vinho sofra um processo oxidativo, se transformando em vinagre. Depois
de todas essas etapas, o vinho é decantado e passa por outra fermentação, que
dessa vez, é feita pela ação de enzimas, a fermentação malolática. Esse
processo deve ser feito de forma cuidadosa, pois, se a fermentação for
excessiva, pode deixar o vinho aguado.
Equação simplificada da fermentação
alcoólica:
Depois
de fermentado, o vinho é filtrado, aquecido a uma temperatura de 80°C para
eliminar as bactérias restantes, e resfriado. Por último, ele passa pelo
envelhecimento. Os vinhos são, geralmente, armazenados em barris de madeira carvalho
por anos, e durante esse tempo, várias reações químicas ocorrem. Os barris são
porosos e permitem a entrada de oxigênio e a saída de água e álcool, e isso
acaba afetando o sabor e o odor. Depois do envelhecimento, os vinhos são
engarrafados e ficam prontos para o consumo.
Por
que consumir vinho?
O vinho, se consumido em pequenas quantidades e
regularmente, pode beneficiar bastante a saúde. Essa quantidade indicada para o
consumo diário fica em torno de 250 mL para homens e 200 mL para mulheres,
entretanto, essa quantidade varia com o peso, a idade, as condições de saúde e
o uso de medicamentos.
As
vantagens do vinho são causadas pelo álcool, que em pequenas doses pode
diminuir o aparecimento de certas doenças, e por substâncias antioxidantes
presentes na casca da uva.
Alguns
dos benefícios são:
o
Redução do LDL (colesterol ruim) e aumento do
HDL (colesterol bom);
o
Prevenir o entupimento de veias e artérias do
coração, evitando infarto;
o
Melhorar a circulação cerebral e evitar
o envelhecimento das células cerebrais, reduzindo o risco de doenças como o Mal
de Alzheimer;
o
Reduzir os riscos de formação de cálculos nos
rins e na vesícula biliar;
o
Evitar o aparecimento de úlcera no estômago.
Além
de todas essas melhorias, pesquisadores estudam a possibilidade do vinho tinto ajudar
na prevenção do câncer.
O
vinho pode ser um dos melhores remédios, tanto em relação ao sabor, quanto em
relação as suas vantagens para a saúde. Mas CUIDADO! Isso só vale quando
consumido em pequenas doses diárias. O seu excesso pode ser um dos piores
venenos.
ACONTECEU - INFELIZ DIA DAS CRIANÇAS NO PARQUE DE DOIS IRMÃOS
Manuseio
incorreto de cilindros e utilização de gás inflamável para
enchimento de balões causa acidente no Horto de Dois Irmãos
Na
tarde do dia 12 de outubro deste ano, em frente ao Parque de Dois
Irmãos no Recife, ocorreu um acidente terrível que entristeceu o
Dia das Crianças. Esse dia que deveria ter sido de muita alegria e
tranquilidade para os pequenos e todos os outros visitantes do Horto
teve um final trágico. Isso, devido a uma explosão provocada por um
vazamento de gás de um cilindro manipulado por dois vendedores de
balões, não licenciados, ocasionando ferimentos em sete pessoas.
Entre
os sete feridos estão os vendedores, que perderam as duas pernas. Um
deles faleceu no dia 15 do mesmo mês e o outro teve uma melhora em
seu quadro. Além desses, outras 5 pessoas foram vítimas do
acidente: um homem com ferimentos graves, mas em situação estável,
e quatro menores, que apresentavam ferimentos leves.
O
manuseio incorreto do material pode ter sido uma das causa do
acidente. Testemunhas contaram que um dos vendedores batia na saída
de gás do cilindro com o intuito de desentupi-lo.
![]() |
Pessoas
se reúnem ao redor do local do acidente
|
A
perícia diz que provavelmente tratava-se de uma mistura clandestina
de gases, relatando que encontrou dois cilindros aparentemente bem
velhos, além do que explodiu, mostrando outro fator que deve ter
contribuído para a ocorrência do incidente. Destacou ainda que é
muito difícil assegurar que o cilindro estivesse cheio de gás hélio
- normalmente utilizado para enchimento de balões de festa – por
tratar-se de um gás inerte, e que provavelmente o conteúdo do
cilindro era de um gás inflamável, resultado de reações de
substâncias químicas. Há suspeitas de que foi utilizado alumínio
no processo, já que foram encontrados, segundo um estudante, pedaços
desse metal na área do acidente.
Por
tratar-se de produtos baratos e de fácil obtenção, o alumínio e
substâncias como a soda cáustica – NaOH – ou ácido muriático
– HCl – podem ter sido utilizados para a obtenção do gás que
estava no cilindro. No caso da soda cáustica e do alumínio, essas
substâncias reagem em meio aquoso produzindo Aluminato de Sódio –
NaAlO2 - e gás Hidrogênio – H2 – que é
altamente inflamável.
2NaOH
+ 2Al + 2H2O →
2NaAlO2 + 3H2
O
ácido muriático e o alumínio também reagem em meio aquoso,
produzindo Cloreto de Alumínio e gás Hidrogênio.
6HCl
+ 2Al → 2AlCl3
+ 3H2
A
Diretoria de Controle Urbano do Recife (Dircon) é o órgão
responsável por fiscalizar e licenciar comerciantes, mas como se
tratava da venda informal, o controle desse tipo de atividade
torna-se mais difícil, pondo – nesse caso – em risco a vida das
pessoas ali presentes.
A QUÍMICA DOS/ DE ALIMENTOS
Atualmente é estimado que
existam cerca de 1500 substâncias que proporcionam (ou reforçam) o aroma e o
sabor dos alimentos. Tais substâncias são classificadas em três grupos:
û Substâncias
obtidas através de produtos naturais: Como o Limoneno ( 4-isoproprenil-1-metil-ciclo-hexeno),
produzido por frutas cítricas como o limão e a laranja, sendo responsável pelos
seus aromas.
û Substâncias
sintéticas, que são obtidas em reações de laboratório, possuindo uma estrutura
semelhante às naturais. Um bom exemplo são os flavorizantes (substâncias que
também podem ser naturais, e que adicionadas a um alimento, conferem-lhe sabor
e aroma). O acetato de isopentila é um flavorizante que “simula” a banana.
Ou seja, balinhas de uva,
banana, melão e etc. na verdade nunca sequer entraram em contato com essas
frutas!!
û E
por último as substâncias artificiais (cujos compostos não são encontrados na
natureza, e suas estruturas não são semelhantes a nenhuma substância natural).
Como os raros flavorizantes que possuem gostos e aromas de alimentos não
frutívoros ou nunca antes experimentados por ninguém, contidos nos famosos chicletes
de “sabor secreto”.
Podemos perceber então que
para o processo de fabricação ou reconhecimento de aromas e sabores são
necessários processos químicos. Não tardou muito para que cientistas começassem
a pesquisar nos laboratórios flavorizantes que pudessem substituir substâncias
naturais com efeitos mais próximos possíveis das reais. A consequência foi o
surgimento de uma nova subárea da Química: A química de alimentos, cujo foco
principal é a análise do processamento de alimentos e a interação dos
componentes (biológicos ou não) destes.
É necessário o conhecimento
de princípios da físico-química, química orgânica, química analítica e
bioquímica, a fim de otimizar desde o rendimento produtivo em escala industrial
até o próprio sabor do alimento.
“Um dos profissionais que trabalha com
conhecimentos da química de alimentos é o Engenheiro de alimentos. Ele atua no
planejamento de processos, controle de qualidade dos alimentos
industrializados, pesquisas e aperfeiçoamento de produtos do mercado e produção
de novos alimentos. Também pode ser tarefa do profissional cuidar do transporte
e comercializar as matérias-primas, equipamentos e aditivos usados em alimentos
industrializados, definir métodos para descarte, reciclagem e reaproveitamento
na empresa de cunho sustentável. Um Engenheiro de alimentos trabalha cerca de 6
horas por dia e seu salário inicial gira em torno de R$ 3.060,00”.
A
Engenharia de alimentos é um curso que vem crescendo, já que atualmente a
sociedade busca cada vez mais alimentos diversificados e com grande
durabilidade.
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